A edição de dezembro do jornal oficial do Vasco do Gama traz uma matéria com jogadores, profissionais ou ainda amadores, do clube que são possíveis candidatos a sucessores do craque Romário no time de São Januário.
Um dos atletas citados – com direito a foto e tudo – nasceu em Bauru, foi revelado pela escolinha de futebol do Gererê e seus pais moram na Vila Dutra.
Reginaldo Alves de Souza Junior, 13 anos, é uma das principais promessas do time carioca. Com a equipe mirim do Vasco, foi campeão Estadual e da Copa Macaé em 2007. De quebra, foi artilheiro da competição carioca com 32 gols. Na Copa Macaé, marcou mais seis.
Os números impressionam. No Campeonato do Rio de Janeiro, Reginaldo esteve em campo em 25 dos 27 jogos. A média é de 1,28 gol por partida. “O pessoal do Vasco me disse que sou o segundo maior goleador da história da categoria mirim em uma só temporada. Só fico atrás do Léo Macaé [atleta jáprofissional]”, diz.
Reginaldo se mudou para São Januário há dois anos, quando Gererê o indicou para as categorias de base do Vasco. Lá, veste a camisa número 19, já que a 11 só pode ser usada por Romário ou por seu filho Romarinho.
Personagem constante em matérias da equipe mirim no site oficial do clube ( http://www.crvascodagama.com.br), o garoto bauruense viveu seu auge nos clássicos contra o rival Flamengo.
No quadrangular final, na Gávea, os vascaínos bateram os rubro-negros por 4 a 3, com três gols de Reginaldo. Na decisão contra o mesmo Flamengo, em São Januário, Reginaldo fez um dos quatro gols de seu time na vitória por 4 a 1.
No ano que vem, o jovem atacante vai mudar de categoria e irá defender o infantil, time do filho do eterno camisa 11 do Vasco. “Quem sabe não pinta aí uma dupla Reginaldo e Romarinho”, fala o garoto.
E 2008 promete mesmo ser um ano positivo. Segundo Reginaldo, responsáveis pela seleção brasileira sub-14 já perguntaram do jogador ao Vasco.
Pai é zagueiro famoso nos distritais
Reginaldo Alves de Souza, 30 anos, o Nardão, é um velho conhecido dos estádios distritais de Bauru. Como zagueiro, já foi campeão pelo Cometa Azul e hoje defende as cores do Barcelona do Jaraguá.
Porém, tudo indica que daqui para frente ele será mais conhecido como o pai do Reginaldo. E Nardão não se preocupa nem um pouco com isso. Pelo contrário, se orgulha. “Ser jogador profissional é um sonho que tinha e agora transferi para meu filho”, fala.
De certa maneira, o destaque do time mirim do Vasco tem um pouco a ver com a não profissionalização do pai. Com 17 anos, Nardão era pretendido pelas categorias de base do Guarani e do Bragantino. Porém, sua esposa ficou grávida. “Desse rapaz aqui”, completa, rindo e apontando para o filho.
Como tinha que arcar com as responsabilidade de pai, o desejo de se tornar um atleta profissional ficou em segundo plano.
“Na época, as categorias de base do Guarani eram famosas e o trabalho que eles faziam lá era reconhecido. E o Bragantino ainda vivia a boa fase por ter sido campeão paulista em 1990”, diz Nardão.